Por que o termo criado pelo ex-co-fundador da OpenAI em 2025 é apenas preguiça disfarçada de inovação e como isso está criando uma geração de desenvolvedores dependentes
Se você achou que "vibe coding" era revolução tecnológica, prepare-se para descobrir que é apenas um ex-co-fundador da OpenAI dando nome pomposo para programação preguiçosa e transformando isso em tendência tech.
A origem oficial: Andrej Karpathy, co-fundador da OpenAI e ex-líder de IA da Tesla, cunhou o termo "vibe coding" em fevereiro de 2025. Segundo a [Wikipedia](https://en.wikipedia.org/wiki/Vibe_coding), o conceito descreve uma abordagem onde programadores usam linguagem natural para gerar código via LLMs, em vez de escrever manualmente. Tradução: preguiça tecnológica com nome bonito.
Timing não é coincidência. É estratégia de marketing. Karpathy lança o termo exatamente quando LLMs da OpenAI estão maduras o suficiente para gerar código funcional, mas antes da concorrência alcançar o mesmo nível. É criação de mercado disfarçada de movimento tecnológico.
Ex-co-fundador da OpenAI não inventa termo por acaso. Quando alguém com esse currículo começa a popularizar conceito, é porque há produto para vender por trás. "Vibe coding" é marketing strategy, não inovação orgânica.
Karpathy usa credibilidade adquirida nas duas empresas mais hype do Vale do Silício para legitimar preguiça programática. Se ele fala, mercado ouve. Se mercado ouve, tendência nasce.
2025 é ano em que IA generativa finalmente funciona bem o suficiente para enganar programadores preguiçosos. Karpathy surfou na onda no momento exato para transformar preguiça em produto.
De termo inexistente a buzzword obrigatório em 3 meses. Segundo o Business Insider, "vibe coding" se tornou nova palavra da moda no Vale do Silício em fevereiro de 2025. Em março, já estava no dicionário Merriam-Webster. Isso não é adoção orgânica, é campanha de marketing coordenada.
Fevereiro: Karpathy inventa termo → Março: Business Insider reporta como buzzword → Abril: Merriam-Webster adiciona ao dicionário → Maio: Y Combinator reporta 25% das startups usando IA para 95% do código.
3 meses para ir de termo inexistente a 25% das startups? Isso não é adoção natural. É campanha coordenada com influencers tech, mídia especializada e echo chamber do Vale do Silício.
New York Times, Ars Technica, IEEE Spectrum - todos cobriram "vibe coding" como se fosse movimento orgânico. Na verdade, estavam amplificando marketing campaign disfarçada de inovação.
Brasil sempre importa tendências tech americanas sem questionar. Quando Karpathy fala, desenvolvedores brasileiros ouvem e copiam. Resultado: geração inteira adotando preguiça programática porque "gringo falou que é bom". E pior: pagando caro por ferramentas que prometem fazer o trabalho por eles.
Segundo a própria definição de Karpathy: "Não é realmente programação. Eu apenas vejo coisas, digo coisas, rodo coisas e copio e colo coisas, e na maioria das vezes funciona". Tradução direta: preguiça mental disfarçada de metodologia. E o cara ainda tem coragem de chamar isso de "inovação".
"Não é programação de verdade" + "Na maioria das vezes funciona" = admissão de que é gambiarra tecnológica. Ele próprio admite limitações, mas vendeu como revolução.
Karpathy disse que serve para "projetos descartáveis de fim de semana". Ou seja: hobby, não profissão. Mas mercado vendeu como metodologia profissional.
Se o próprio criador do termo diz que "não é programação" e serve só para "projetos descartáveis", por que todo mundo trata como metodologia séria?
Simon Willison, programador respeitado, foi direto: "Vibe coding para base de código de produção é claramente arriscado". A crítica é simples: se você não entendeu o código, como vai debuggar, manter ou evoluir? Resposta: não vai. Vai quebrar e chamar quem sabe programar de verdade.
Limitação 1: IA não consegue debuggar código que ela mesma criou quando algo quebra de verdade.
Limitação 2: Sistemas complexos precisam de arquitetura que IA não consegue planejar sozinha.
Limitação 3: Código gerado é inconsistente e varia entre execuções, criando bugs aleatórios.
Limitação 4: Desenvolvedor que não escreveu código não consegue modificar quando cliente pede alteração.
Karpathy não é ingênuo. É estrategista. Criou termo que normaliza dependência de IA para programação exatamente quando OpenAI precisa mostrar casos de uso práticos para LLMs. "Vibe coding" é produto marketing disfarçado de movimento tecnológico. E funcionou perfeitamente.
Andrej Karpathy pegou comportamento que sempre existiu - usar ferramentas para gerar código - deu nome pomposo e vendeu como revolução. Programadores sempre usaram geradores, templates e bibliotecas. "Vibe coding" é só a versão 2025 disfarçada de inovação. E o mais irônico: o próprio criador admite que é limitado e arriscado.
Se "vibe coding" é tão revolucionário, por que o próprio Karpathy disse que serve apenas para "projetos descartáveis de fim de semana"?
Resposta: porque ele sabe exatamente o que vendeu. E não é revolução.
Desenvolvedores que adotaram "vibe coding" como metodologia profissional se tornaram consumidores de produto americano em vez de criadores de soluções próprias.
E o pior: acham que estão sendo inovadores quando na verdade estão sendo apenas clientes pagantes de uma estratégia de marketing genial.
"Quando ex-co-fundador da OpenAI dá nome pomposo para preguiça programática e chama de revolução, o problema não é a preguiça. É a nossa ingenuidade."