Tratamento de Erros em Go
Aprenda como identificar e tratar erros de maneira eficaz em aplicações escritas com a linguagem Go.
Por que isso é importante
No mundo real, aplicações estão sujeitas a falhas externas e internas. Saber lidar com esses erros é essencial para garantir a resiliência, segurança e estabilidade da aplicação. Golang adota uma abordagem explícita ao tratamento de erros que exige atenção redobrada do desenvolvedor.
O que é um erro em programação
Em programação, um erro representa um comportamento inesperado no fluxo da aplicação. Esse erro pode resultar de dados inválidos, falhas externas ou problemas lógicos internos. Em Go, esses erros são tratados de forma explícita, sem uso de exceptions como em outras linguagens.
Exemplo de erro prático
Imagine um sistema de e-commerce com integração aos Correios para cálculo de frete. Quando essa API está indisponível, o sistema não pode recuperar o valor do envio, provocando uma falha inesperada. Para evitar que a aplicação quebre, é necessário realizar o tratamento correto desse erro.
Comparando com outras linguagens
Go
Utiliza múltiplos valores de retorno para propagar erros
Prós
- Erros explícitos
- Sem exceções inesperadas
Contras
- Mais verbosidade no código
Python / Java
Utilizam try/catch para capturar exceções
Prós
- Código mais limpo em alguns casos
- Stack trace útil
Contras
- Fácil de ignorar erros
- Custo de exceções mais alto
Tratando erro com retorno múltiplo
errors.New para gerar um erro quando necessário.nil antes de acessar o resultado.Entendendo o nil em Go
O valor nil em Go representa um valor nulo para ponteiros, interfaces, maps, slices e outros tipos. Verificar se um erro é diferente de nil permite identificar se ocorreu alguma falha no processamento.
Simulando division por zero
Ao construir uma função que divide dois números, o código deve validar se o divisor é igual a zero. Caso seja, um erro explicativo deve ser retornado, evitando uma falha de execução mais grave.
⚠️Atenção
Em Go, nenhuma divisão por zero deve ocorrer sem validação. Isso pode gerar um panic e interromper a execução do programa.
Cenário com panic
Quando erros não são tratados corretamente, o Go pode lançar um panic. Isso interrompe totalmente a execução do programa, afetando a experiência do usuário e a integridade da aplicação.
❌Importante
Panics devem ser evitados ao máximo. Só utilize quando realmente for uma falha crítica irrecuperável.
Tratando erros com recover
A função recover() pode ser usada para capturar panics e continuar com a execução. No entanto, isso deve ser feito com cautela e somente quando necessário.
ℹ️Aviso
Usar recover() de forma indiscriminada pode mascarar bugs e comprometer a segurança da aplicação.
Erros personalizados com structs
Em Go, é possível criar erros customizados implementando a interface error. Assim, você pode carregar mensagens mais informativas e até mesmo códigos de status para categorizar os erros.
Implementando a interface error
Basta criar um struct com os campos desejados e implementar o método Error() com retorno de string formatada. Assim, o tipo passa a ser reconhecido como um erro válido em Go.
Vantagens de erros customizados
Com erros personalizados, é possível identificar de forma clara o tipo e a origem da falha, facilitando o tratamento específico em diferentes partes do código.
Usando type assertion com erros
Go permite verificar o tipo de erro em tempo de execução usando type assertions. Isso possibilita tratar especificamente cada tipo de erro customizado.
ErrorIs e ErrorAs
Através das funções errors.Is e errors.As, podemos comparar erros por tipo ou valor, o que amplia ainda mais a forma como os erros são manipulados e interpretados.
Melhores práticas no error handling
Sempre trate erros imediatamente após sua ocorrência, evite ignorar retornos. Nunca use panic como controle de fluxo e prefira erros bem definidos e documentados.
Resumo da abordagem Go
O Go incentiva o tratamento explícito e controlado dos erros. Isso resulta em sistemas mais previsíveis, seguros e fáceis de manter, mesmo que exijam mais código na prática.