Testando o Modo Agente do ChatGPT na Prática
ChatGPT agora consegue agir como uma pessoa real dentro de aplicações. Neste teste inédito, expomos uma aplicação local e analisamos como ele lida com tarefas complexas sem instruções diretas.
Por que isso é importante
Com o lançamento do modo agente, o ChatGPT vai além de simples respostas: agora ele atua realmente dentro de páginas web e sistemas. Entender os limites e o funcionamento dessa tecnologia pode abrir portas para automações complexas e uso inteligente da IA no desenvolvimento diário.
ChatGPT agora age de verdade
A OpenAI liberou recentemente o modo Agente, que transforma o ChatGPT em mais do que um chatbot: ele passa a interagir com a internet como se fosse um humano, clicando, preenchendo formulários, acessando conteúdos e interpretando UIs.
O desafio: agir sem ajuda
Para o teste, foi criada uma aplicação local com editor de Markdown rodando em Node.js. O desafio: deixar a porta acessível via ngrok e solicitar ao agente tarefas sem dar qualquer instrução interna sobre a ferramenta.
Contexto da aplicação de teste
O editor possui comportamento específico: precisa clicar em "Novo", depois em "Salvar", preencher um nome e então salvar. Nenhuma dessas informações foi explicitada. O agente precisaria descobrir tudo sozinho.
O primeiro teste: criar dois roteiros
A instrução foi: acessar o link da aplicação e criar dois roteiros – um sobre inteligência artificial e outro sobre desenvolvimento iOS. Detalhe: a aplicação trabalha com Markdown e isso não foi mencionado em momento algum.
Resultado: ele descobriu tudo
Impressionantemente, o agente detectou que a ferramenta utilizava Markdown e já começou a produzir no formato correto. Navegou pelos botões, interagiu com o sistema e preencheu os campos apropriados. Tudo isso sem instruções detalhadas.
⚠️Atenção
Mesmo com capacidades impressionantes, erros e falhas de interpretação podem ocorrer. Um problema identificado foi o salvamento automático sem confirmação explícita, algo que pode ser problemático em aplicações sensíveis.
Intervenção manual via Take Over
Em momentos críticos, é possível assumir o controle com a função "Take Over", que permite ao usuário operar manualmente no lugar do agente. Essa funcionalidade é especialmente útil para corrigir comportamentos inesperados.
Novos testes com mais contexto
O agente foi instruído a criar um novo roteiro sobre LLM sem confirmar o título automaticamente. Ele entendeu a instrução, criou o roteiro e aguardou feedback antes de salvar. Uma demonstração clara de adaptação contextual.
ℹ️Atenção
Esse tipo de inteligência situacional, onde o agente entende códigos sociais ou interações típicas entre sistemas e usuários, marca um grande avanço na forma como nos relacionamos com máquinas.
Tentando acessar curso com login
Em outro teste, tentamos fazer o agente acessar uma plataforma como a Hotmart. Ao perceber um formulário de login, ele parou e solicitou credenciais via interface. Nesse ponto, o uso do agente se mostra arriscado.
❌Jamais compartilhe credenciais com a IA
Nunca, em hipótese alguma, forneça senhas ou dados sigilosos para o agente. Mesmo com alertas da OpenAI, o risco de vazamentos ou armazenamento não criptografado é real.
Limitações claras
Apesar das capacidades impressionantes, o modo agente possui limitações. O principal gargalo é a indisponibilidade de autenticação segura. Isso reduz seu uso prático em sistemas protegidos, o que, por ora, restringe seu potencial.
Reconhecimento de ações não documentadas
Um dos principais aprendizados foi ver o agente reconhecendo um ambiente desconhecido, entendendo como os botões operam, onde clicar, quando salvar e como nomear arquivos. Essa interpretação sem instruções demonstra o poder da IA somado a uma interface bem construída.
FAQ: o agente substitui um humano?
Em tarefas simples, sem autenticações complexas, sim. Em ações críticas ou que dependem de contexto profundo ou julgamento refinado, ainda não. O modo agente é assistente, não substituto.
✅Atenção
O agente pode ser usado com sucesso como parceiro de desenvolvimento, testes automáticos ou preenchimento repetitivo de formulários internos, quando combinado com segurança e ambientes controlados.