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Arquitetura de Sistemas

Como arquitetar um encurtador de URL: guia prático para arrasar na entrevista

O desafio do encurtador de URL nas entrevistas esconde armadilhas que poucos sabem contornar. Aprenda como abordar, destrinche requisitos e crie uma solução de arquitetura vencedora para escalar – e encurtar – seus limites.

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15 min de leitura
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Por que isso é importante

O desafio de criar um encurtador de URL vai muito além de um exercício simples: ele serve como o “raio-x” que revela sua real compreensão sobre arquitetura de software, requisitos e trade-offs. Grandes sistemas como YouTube e Instagram usam os mesmos princípios. Dominar esse problema clássico é o que separa quem é eliminado em entrevistas de quem arranca elogios e se posiciona como arquiteto nas conversas de alto nível.

Encurtador de URL: simples ou armadilha para dev?

Todo programador já se deparou com aquele suposto desafio “bobo” de entrevistas: implementar um serviço que transforma uma URL gigante em um endereço curto e redireciona o click para o original. Fácil? Errado. O perigo mora nos detalhes: subestimar esse sistema é o erro mais comum, já que ele exige as mesmas escolhas estruturais que aplicações globais. Quem não olha além da aparência acaba reprovado ou faz escolhas que não se sustentam em escala.

⚠️Atenção

A sensação de simplicidade do desafio faz muitos devs ignorarem detalhes críticos. Quem só foca em “funcionar” perde pontos valiosos no raciocínio de arquitetura.

Como funciona um encurtador de URL de verdade?

Exemplo de uso: Bitly e TinyURL

Paste uma URL longa, clique e uma versão compacta retorna. Ao acessar o link curto, a plataforma te leva para a original, como o famoso Bitly faz há anos. Parece mágica, mas este é só o rosto fácil do problema. No back-end, a rota curta deve ser única, resistente, sempre redirecionando o usuário, preferencialmente de forma quase instantânea – e mantendo números gigantes de acessos.

ℹ️Atenção

Encurtar links não é só vaidade em marketing: um bom serviço entrega métricas detalhadas, anonimato, proteção contra spam e integra com plataformas populares de vendas, redes sociais e newsletters.

O que preciso saber antes de pensar em arquitetura?

Esqueça o código: todo grande projeto começa pela definição de problema e requisitos. Ninguém projeta uma estrutura sólida baseado em achismo. Seu primeiro passo em qualquer desafio é mapear – e questionar – as necessidades funcionais e não funcionais. Sem isso, qualquer arquitetura será um tiro no escuro.

⚠️Atenção

Se em uma entrevista não te entregarem números claros, PERGUNTE. Volume de tráfego, razão entre leituras e escritas, capacidade de crescimento... só com esses dados você estará pronto para fazer escolhas certas.

Requisito funcional: o básico do básico

O serviço precisa de duas funções claras: converter uma URL longa em uma versão curta única e, ao acessar o link curto, redirecionar de imediato o usuário para a original. Isso exige endpoints bem definidos: um para criar e outro para resolver/redirecionar. A resposta ao encurtar precisa sinalizar sucesso (201 Created) e devolver o novo endereço. O redirecionamento retorna status 301 ou 302, já avisando o navegador para seguir para onde interessa.

ℹ️Atenção

Até mesmo o status code devolvido (301 vs 302) pode transformar a arquitetura. Quem entende, se destaca.

Mapeando endpoints na arquitetura

O que há por trás de cada chamada?

Encurtar: Um endpoint POST recebe a URL longa, processa, gera um shortcode único (tipo /abc123) e grava no banco de dados a relação entre original e encurtada. Redirecionar: Um endpoint GET decodifica o shortcode, consulta o banco e faz o redirecionamento HTTP. Qualquer falha aqui e o usuário não chega ao destino.

Requisitos não funcionais que mudam tudo

É aqui que a maioria tropeça: alta disponibilidade, escalabilidade massiva e regras de negócio rígidas. Pense em 100 milhões de URLs geradas por dia, read/write com razão 10:1, URLs de 100 bytes em média, requisições simultâneas, armazenamento por 10 anos, e tudo funcionando 24/7. Ignorou algum ponto? O sistema desaba sob pressão.

Cuidado

Com grandes operações de leitura, caching agressivo, balanceamento e replicação se tornam obrigatórios se você não quiser gargalos.

Precisão começa pelas perguntas certas

Sempre que for arquitetar algo – em entrevista ou no mundo real – nunca avance sem entender o volume de dados esperado, como serão feitas leituras e escritas, limitações de armazenamento, regras para índices únicos dos shortcodes, se há limites de caracteres e políticas de expiração. A chave está nas perguntas: “Qual o volume de tráfego?” “Qual expectativa de crescimento?” “Quais as restrições de tempo de resposta?”

Shortcode: ele é o rei do sistema

O shortcode – aquela sequência de letras e números – precisa ser pequeno, único, fácil de validar, difícil de prever e compatível só com números, letras maiúsculas e minúsculas. O espaço de combinações delimita quão escalável seu sistema será. Imagine o desastre se acabar os “nomes possíveis” para URLs curtas.

⚠️Atenção aos detalhes

O tamanho e o conjunto de caracteres do shortcode influenciam diretamente performance, dureza de busca, latência e chance de colisão.

Como definir o tamanho ideal do código curto?

Combinando 62 caracteres (a-z, A-Z, 0-9), cada caractere novo multiplica exponencialmente as possibilidades. Para armazenar bilhões de links únicos, calcule rapidamente: 62^n, onde n é o número de dígitos. Estime previsões de crescimento, leve em conta reusabilidade e planeje upgrades sem “migrar tudo”.

ℹ️Dica técnica

Calcule sempre margem de segurança nos dígitos do shortcode. Expansão futura precisa do sistema pronto antes da primeira saturação.

Desafio prático: por que encurtar URLs realmente importa?

Além do apelo estético, links curtos impulsionam campanha de marketing, rastreamento de conversão, análises de tráfego, integridade em redes sociais e consumo menor de banda. Ou seja, menos links quebrados, mais gestão de performance e segurança para quem compartilha.

Onde a maioria dos candidatos erra

Cair rapidamente na implementação sem alinhar todos os requisitos de negócio e tecnologia. Não simular tráfego massivo. Não prever falhas de storage, cache ou vencimento dos links. Ignorar detalhes de geração de shortcodes, limites de TTL e não perguntar sobre estratégias de backup ou atualização.

⚠️Alerta

Dominar system design não é ser “faster” e sim fazer as perguntas que ninguém faz – antes, durante e depois da entrevista.

Praticando o raciocínio de arquiteto: roteiro para entrevistas

Comece mapeando funcional e não funcional, estude exemplos como Bitly, estime operações, desenhe endpoints, valide raciocínio de escalabilidade e pergunte detalhes obscuros. E nunca esqueça: arquitetura é restrição, matemática e previsão – nada de achismo ou impulsividade.

Dica prática

Assista discussões ao vivo de system design e veja o que diferencia quem conquista a vaga. Quer uma dica? O canal Dev Doido no YouTube traz exemplos completos, simulações e práticas reais desse tipo de desafio.

Checklist: sua resposta de System Design afiada

- Identifique requisitos funcionais e não funcionais sem exceção. - Calcule espaço de shortcodes e quantidade de URLs suportadas. - Modele endpoints claros (um de POST para encurtar, um de GET para redirecionar). - Estime leituras/escritas, pense caching e replicação. - NUNCA aceite requisitos vagos: pergunte, questione, refine. - Mostre como faria upgrades ou migração de schema no futuro. - Relacione tudo à experiência do usuário final: latência importa mais do que “ser legal”.

Resumo final: O que grava na mente dos recrutadores

Seja em desafios de entrevistas ou no mundo real, a arquitetura de sistemas começa e termina na clareza dos requisitos. Se você dominar as perguntas certas, souber estimar escalabilidade, antever limitações e raciocinar soluções, vai encurtar o caminho até sua vaga dos sonhos. Um encurtador de URL bem arquitetado revela maturidade, visão de negócio e habilidade para lidar com sistemas realmente grandes. Agora, aproveite e aprofunde com conteúdo prático e discussões reais de System Design no canal Dev Doido no YouTube.

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