Como se tornar um Arquiteto de Soluções
Você ama falar de sistema distribuído? Chegou a hora de subir de nível e entender como dominar arquitetura de soluções.
Por que isso é importante
Chega uma hora em que apenas codar não basta. Se você sente um brilho nos olhos ao estudar performance, escalabilidade e arquitetura de sistemas, talvez seu próximo passo seja se tornar arquiteto de soluções. Este artigo revela o caminho.
O chamado para além do código
Muitos desenvolvedores começam a perceber que empilhar tarefas e entregar sprints já não satisfaz. É quando os temas de alto nível, como design de sistemas, comunicação entre módulos e decisões arquiteturais, começam a chamar atenção. Se esse é o seu caso, está na hora de mirar o cargo que define as decisões críticas de um projeto.
Software vs Soluções: entendendo os papéis
Antes de trilhar o caminho, é essencial entender os dois chapéus da arquitetura: o arquiteto de software e o arquiteto de soluções. O primeiro cuida da estrutura interna dos sistemas, já o segundo garante que sistemas escalem, performem e não falhem sob pressão.
O universo do arquiteto de software
Ele projeta desde frameworks até padrões arquiteturais como Clean ou Hexagonal. Define linguagens, padrões de comunicação entre módulos e toma decisões guiadas por um profundo entendimento do domínio de negócio.
Dominando o domínio com DDD
Domain Driven Design é central na atuação do arquiteto de software. Começa pela modelagem estratégica da empresa, onde domínios e subdomínios são definidos. Depois, parte para a modelagem tática para traduzir regras de negócio em entidades, agregados e serviços de domínio.
O arquiteto de soluções e os requisitos não funcionais
Quando falamos de disponibilidade, tempo de resposta, escalabilidade e resiliência, estamos falando da ação do arquiteto de soluções. Ele enxerga a arquitetura no alto nível e projeta o sistema para lidar com cenários extremos sem morrer no caminho.
⚠️Atenção
Garantir que o sistema rode é papel do desenvolvedor. Mas projectar como ele deve se comportar sob carga pesada, com mínimo downtime, é exclusivamente papel do arquiteto de soluções.
O problema do tráfego inesperado
Imagine uma ticket tech vendendo ingressos para o Metallica: nos dias comuns, 10 mil acessos por hora; no lançamento, 1 milhão por minuto. Se a arquitetura não estiver preparada, o sistema cai, usuários frustram e a empresa perde uma fortuna. Essa prevenção é dever do arquiteto de soluções.
O DevOps não é o arquiteto
Apesar da confusão comum, DevOps cuida de CI/CD, automações e cultura. Já o arquiteto de soluções dimensiona, escala e define a topologia que suporta milhões de usuários simultâneos com orçamento sob controle.
Então, por onde começar?
A base sólida vem dos fundamentos. Antes da nuvem, container e autoscaling, é crucial entender de verdade como o computador funciona por dentro.
Além dos fundamentos: arquitetura em ação
A partir dos fundamentos, é hora de explorar System Design, cloud architecture, balanceamento de carga, mensageria e design orientado a eventos. Somente assim você estará pronto para tomar decisões reais em alto nível.
ℹ️Dica
Estude casos onde sistemas escalaram mal. Entender os erros dos outros vai acelerar sua curva de maturidade arquitetural.
O arquiteto híbrido: software + soluções
Em times pequenos, é comum um único arquiteto acumular os dois papéis. Esse perfil híbrido é chamado genericamente de arquiteto de software, mas atua tanto na modelagem do código como no desenho da infraestrutura.
Design de baixo e alto nível
O arquiteto de software foca no low-level design: funcionalidades internas, modularização e regras de negócio. Já o arquiteto de soluções está no high-level: segurança, resiliência, performance e escalabilidade.
❌Cuidado
Não pule etapas. Muitos tentam pular do básico direto para patterns distribuídos. Isso só gera armadilhas técnicas e escolhas frágeis.
Domínios, Contextos e Fronteiras
Saber desenhar bounded contexts e identificar subdomínios é parte da alfabetização de quem deseja arquitetar soluções. Ignorar isso gera sistemas com regras embaralhadas e alto acoplamento.
Modelagem tática aplicada
Entender quando usar um Value Object ou Entity, quais responsabilidades vão para um Service ou quando uma Factory é justificada, define a diferença entre arquitetura elegante e caos disfarçado.